O FRACTAL
DE CONSCIENCIA PARTICULARIZADA
Mas como uma consciência se ‘’desprende’’ do todo?
Aqui não tenho pretensão de ser exato em termos de como um
processo como esse de fato funciona, uma vez que me faltam ferramentas
cognitivas que me concedam as impressões desse momento tão interessante (assim
penso). Não é como descrever como um parafuso se solta de seu encaixe, mas é possível
traçar um paralelo entre ambos, veja bem;
Se pensarmos que o todo, ou seja, o somatório de todas as
possibilidades de todos os universos estão incrustradas em um único ponto, da
mesma forma que uma máquina, mas não qualquer máquina, estamos falando da máquina
das máquinas, ou seja, a resultante de todos engenhos humanos possíveis,
criados e incriados, digamos que ambas concepções estejam falando da mesma
coisa, o tal tinteiro, e uma consciência fractalizada se comporta como uma
parafuso nessa engenhoca cósmica, e digamos que esse parafuso decida se desprender
de seu local original, da mesma forma que uma consciência resolve se ‘’limitar’’
a não mais saber/participar/compreender o todo, será que o ‘’tinteiro’’ tem
poder de impedir isso?
Um parafuso fora do lugar tem pouca(ou nenhuma) utilidade,
assim pensamos em termos de objetos, mas uma consciência fora do seu lugar tem
agora a possibilidade de vivenciar todo e qualquer experiencia que o tinteiro
tem a oferecer, porém agora de maneira ‘’ignorante’’, é como se o parafuso
estivesse livre pra se enroscar em qualquer máquina que estiver materializada
fora da máquina das maquinas, ainda que qualquer engenho que esteja fora dessa
resultante (maquina das maquinas) seja um produto que veio de lá.
Se o tinteiro, força cósmica, máquina das maquinas, resultante
de todas as probabilidades, pode ou não impedir que uma consciência se ‘’desparafuse’’
do seu local original, pouco importa, o que se verifica é que todas as consciências
que desejam se fractalizar assim o fazem.
Então a pergunta talvez não seja ‘’o tinteiro pode impedir
isso?’’ numa tentativa mesquinha de traçar um paralelo à concepção de Deus humana
como um ser onipresente, onisciente, onipotente. A pergunta correta seria ‘’Porquê
o tinteiro permite?’’
A essa pergunta podemos tentar responder.
Se o ‘’tinteiro cósmico’’ tem tudo que possa existir dentro
de sí, ele também possui o resultado de todas as variáveis possíveis de
qualquer acontecimento que seja pensado por qualquer ser que dele tenha vindo,
então ele ‘’sabe’’ o futuro de qualquer consciência que queira se fragmentar,
então talvez, em termos humanos, o ‘’Tinteiro cósmico’’ seja a maior representação
de livre-arbítrio democrático possível.
Mas e se uma consciência se desprende dele e se torna algo ‘’deletério’’
nos nossos padrões de moral? Ele se importa? Não. Porque além de democrático, o
tinteiro é permissivo.
E assim ele é mesmo, permissivo com seus desdobramentos. Uma
possibilidade interessante (assim o penso) seja que Ele se deixa fractalizar
para poder tecer, dentro de suas possibilidades que flutuam em seu todo, uma
lógica existencial que permita o desenrolar de algo que não seja caos
informativo. Se você entendeu o que eu disse nesse parágrafo, você tem sérios problemas,
como eu sei que eu tenho. De toda forma, achei uma ilustração interessante, de
autor desconhecido, que transmite um pouco da ideia que quis passar aqui.
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